Compartilhamos conquistas e derrotas ao lado dos que mais amamos. Ao perdemos alguém próximo e querido, nos deparamos com o vazio, com a finitude da pessoa amada. O vazio e a finitude de não se fazer/estar mais presente em nossas vidas.
Somos seres humanos, nos constituímos como tal através do afeto e cuidado do outro, da relação com o outro. Passamos pela vida das pessoas e deixamos marcas, bem como, essas mesmas pessoas passam por nossas vidas e deixam suas marcas. E nessa caminhada enfrentaremos e passaremos por diferentes perdas, as mais doloridas estarão sempre ligadas às pessoas que amamos. Diferimos um do outro na forma de elaboração psíquica da perda (elaboração do luto), ou seja, a forma como sentimos e enfrentamos a a perda é distinta, é única.
A dor da perda é inevitável, no entanto, é importante ressaltar que os ritos fúnebres, a espiritualidade, bem como, o acompanhamento psicológico, auxiliam no alivio da dor e na elaboração da perda. Quando expressamos a nossa dor, seja por meio de homenagens, orações e palavras, permitimos que a nossa mente assimile a perda com mais tranquilidade e conforto.
Não esquecemos as pessoas que perdemos, nós permitimos que elas se mantém vivas em nossas lembranças, em nossa saudade e dessa forma, acalentamos os nossos corações e seguimos o curso de nossas vidas.
ELINE ESTER GROSSI
Psicóloga Especialista em Saúde Mental
CRP 07/24917